terça-feira, 2 de junho de 2009

Uma Pequena (e Grande) Análise Pessoal Sobre o D&D no Mundo RPGista Atual

Olá, Mestre e jogadores de RPG.


Você joga D&D já há algum tempo, você presenciou a chegada da sua 3ª Edição com entusiasmo, jogou-o por anos a fio, teve alegrias ou raivas por causa de sua versão revisada, a como ficou conhecida, Edição 3.5, e mesmo tendo que adquirir os 3 livros básicos novamente (e sua carteira esvaziando), você o jogou apaixonadamente por mais anos a fio.


Mas depois de tantos anos jogando, você começou a perceber falhas no seu jogo favorito, falhas que aliás, chegavam a atrapalhar suas sessões, falhas que faziam diminuir seu encanto pelo D&D. Magos ultra-poderosos dominavam os níveis altos, os monges ficavam cada vez menos poderosos nos níveis altos (e alguns até dissem que eles nunca foram poderoso), combos para causar danos que chegavam a casa dos 6 números, magias com CDs impossíveis de serem superadas, monstros totalmente desequilibrados para o seu ND, sem disser também do desequilíbrio entre as classes cada vez mais na cara. Apesar de ser um ótimo jogo, o seu sistema favorito acabava perdendo o controle nos níveis alto. Você olhava para a sua ficha (ou para a ficha de seus jogadores em conjunto com os seus monstros) e só via números e mais números.


Mas mesmo assim você o amava.


De repente, uma notícia bombástica parou o mundo RPGístico, foi anunciado o lançamento de uma nova edição do jogo, o Dungeons e Dragons 4ª Edição. Muitos (mas muitos mesmos) já olhavam com cara de desconfiança, muitos outros já acusavam de caça-níquel (afinal, teriam que adquirir mais 3 livros básicos), mas outros porém receberam a notícia de braços abertos, afinal esperavam melhorias em seu jogo favorito. Esta nova edição viria para corrigir as falhas da edição anterior, que venha, que venha...


E ela veio.


O lançamento da 4ª Edição dividiu o público, com o vazamento de seus 3 livros básicos na internet a primeira impressão não agradou a muito (não agradou a MUITOS mesmo), o que??? Um novo sistema de regras??? O que??? Onde está o bardo??? O bárbaro??? Nove Infernos, onde estava o DRUIDA??? Monstros??? Essas fichinhas são os monstros??? Cadê suas descrições??? ONDE DIABOS ESTAVA SUAS DESCRIÇÕES??? NÃO ME DIGAM QUE ESSE ÚNICO PARÁGRAFO É SUA DESCRIÇÃO!!! Pelos deuses, essa 4ª Edição está com cara de MMORPG.


Mas com o tempo, a raiva pela 4ª Edição parece ter baixado para uns, mas também parece ter aumentado para outros. Alguns que a testaram a aprovaram, a entenderam, sabiam que o jogo deveria ser visto como um sistema diferente, um sistema mais simples, um sistema até que divertido. Chega de ficha só com números, chega de combos bizarros, eu quero agora é realmente jogar um jogo de aventura!!! Por outro lado, outros a enxergam por outros olhos, principalmente aqueles que até mesmo após a testarem, tiveram sua raiva aumentada, seus sistema lembravam muitos MMORPGS, lembrava muito vídeo-game, lembrava muito Final Fantasy Tatics, e mesmo o nome sendo Dungeons e Dragons, não lembrava muito Dungeons & Dragons. Para esses, em vez de esperarem por um jogo que corrigisse as falhas mecânicas da edição anterior, acabaram se deparando com um jogo totalmente diferente.


Apesar de lá fora o D&D 4 ter feito bastante sucesso, não podemos disser claramente como será ele aqui no Brasil, uma vez que chegou apenas recentemente. Mesmo assim, o público está bastante dividido, alguns já aderiram de vez a 4ª Edição e não a largam mais. Outros (principalmente aqueles que não sabem inglês) ficarão fiéis ao 3.5 (tendo eles jogado ou não a 4ª edição). E por conseqüência, acabou sendo formado os “grupos de resistência”. Da mesma forma que aconteceu nos EUA quando o D&D 4 foi lançado, na qual diversas empresas publicamente disseram que abraçariam a OGL e lançariam produtos na qual reforçariam a edição 3.5 com seus próprios produtos d20, aqui no Brasil também ocorreu algo parecido. A revista Dragon Slayer na qual os seus famosos (e odiados por alguns) autores que vieram da antiga revista Dragão Brasil, a revista voltada para RPG com mais tempo no mercado, já se pronunciaram que odeiam a 4ª Edição e que ficarão firmes na 3.5 mesmo. Outras editoras, principalmente a Jambô estão investido nessa edição por meios de outros títulos, como a linha do ótimo Mutantes e Malfeitores, um RPG de super heróis que utiliza o sistema d20 só que modificado de modo que o jogo só utilize o d20.

Agora eis minha opinião pessoal sobre o assunto 3.5 vs. 4.0.


Ambos realmente são sistemas diferentes, apesar de compartilharem o mesmo nome. Apesar de terem apenas pequenas semelhanças entre si, como por exemplos, as raças, classes, os 6 atributos principais... o jogo tem diferenças o suficiente para qualquer um perceber que ambas as edições são diferentes. E essas diferenças ocorrem justamente por que cada uma dessas edições trás uma proposta diferente. Enquanto o D&D 3.5 é mais completo e complexo, o D&D 4ª Edição foi desenvolvida para ser mais simples e divertida.


Eu particularmente concordo com essa visão, sim, eu acho que o D&D 4 é mais divertido que a 3.5, mas também não quer disser que a 3.5 também não seja divertida, afinal, e AMO a 3.5.


Essa diferença ocorre por causa do dinamismo na hora do combate, os combates da 4ª Edição realmente são mais dinâmicos. Você pula na mesa pra pular no lustre pra se balançar e se joga para alcançar o outro lado do aposento em questão de segundos (e tudo isso sem temer nenhum ataque de oportunidade), você faz o oponente que iria lhe dar um golpe fatal tropeçar para que ele vá direto a encontro do guerreiro que o aguarda com um sorriso no rosto e com um machado mortal na mão, você pode lutar contra mais de 50 goblins ao mesmo tempo e ainda sozinho sem que o combate pareça chato. E sim, em minha opinião o sistema de combate CRU, lembra muito mesmo um jogo de vídeo-game, principalmente um Final Fantasy Tatics, mas a grande diferença aí é a descrição do combate.


Por outro lado a edição 3.5 como eu disse antes é mais completa e complexa que a 4.0, dando mais liberdade aos seus jogadores para construírem seus personagens. Temos milhares de talentos, milhares de magias, milhares de classes de prestígio, milhares de monstros e por conseqüência, milhares de ganchos para aventuras que um mestre experiente poderia tirar de basicamente qualquer lugar.


Mas por fim. Independente da edição que você goste, aproveite-a, se você acha sua mecânica desenquilibrada ou muito simples, esqueça isso, procure se divertir. Esqueça a eterna busca do sistema equilibrado perfeito (talvez o GURPS seja assim, hehehe), todo jogo tem seus pontos fracos, mas concerteza seus pontos fortes se destacam mais. Esquecendo esses erros ou os perdoando o tornará um jogador mais feliz. Afinal, o RPG quando foi criado ninguém se preocupava com isso, mas todos se divertiam. Sim a primeira edição do D&D era muito mais complexa e difícil, mas todos jogavam, veio a segunda edição e mesmo todos achando estranho aquela regra do Thac0, todos a jogavam. Se você puder jogar (e gostar) da 3.5 tanto quanto a 4.0, ótimo. Afinal, discutir gostos pessoais é a mesma coisa que discutir o sexo dos anjos.

Medonho








2 comentários:

  1. eu mesmo estou na 3.5 pq não quero deixar de lado quilos de encadernações do sistema as traças somente pela novidade .

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  2. Flubert khelben cetro negro(4edition)24 de abril de 2011 às 12:22

    inicialmente a decisao de mudar pro 4.0 foi de meus amigos(um deles viajou pra inglaterra e laencontrou a novidade e talz)e comoe de se esperar começamos a jogar deixando pra tras o querido 3.5 e milhoes de livros e xerox e pdfsque tinhamos(hehehehe,sorry, mas livro no Brasil é caro e a gente aderiu nossos games ao uso dos notebooks entao cada um do grupo tinha seu pdf)pensei ate que nao ia vingar a 4 ediçao mas como os livros tiveram sua publicaçao rapidamente e meu irmao acabou comprando os outros moduloschegamos a compra r tb duas aventuras oficiais e oque e de grande valia sao os mapas muito bem feitos e bonitos mas o sistema tb se adequou a uma facilidade e adaptamos o que nao gostammos(putz vestir uma armadura de placas em dois segundos ou levar ela na bolsa é meio contraditório)entao criamos nosssas regras pessoais eadapatamos ao sistema e nao temos reclamado mas sempre vem as comparaçoes so digo uma coisa pro mestre ficou bemmais facilpor nao ter de lidar mais com tantas diferenças e nemter de aturar jogadores super estrelas que podem matar o tarrasque com somente uma mao atada nas costas e chupando cana enquanto bate sozinho no pobre monstro e as vezes sem precisar do grupo pra tal façanha!

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